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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mandinga




Os Mandingas


    Muitos aqui já devem ter ouvido falar do ditado antigo: "Quem não pode com mandinga não carrega patuá".Mandinga foi uma tribo escravizada que veio da Africa para o Brasil, e sofreu sincretismo de culturas islâmicas, e trouxeram ao a sua cultura o Alcorão, os mandingas traziam em seu pescoço um "saquinho" feito de couro com uma página do alcorão dentro(O chamado patuá). A pessoa que carregasse o patuá e se encontrassem com a tribo mandinga era questionada na língua nativa dos mandingas, se a pessoa não soubesse responder eles matavam, então daí o ditado original: "Quem não pode com os maningas não carrega patuá".




Origens

      Os mandingos são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. São descendentes do Império Mali. Os mandingos ganharam a sua independência de impérios anteriores no século XIII e fundaram um império que se estendeu ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a partir do rio Níger à procura de melhores terras agrícolas e de mais oportunidades de conquista.   
    Através de uma série de conflitos, primeiramente com os fulas, levaram metade da população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99% dos mandingos em África são muçulmanos, com algumas pequenas comunidades animistas e cristãs. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura em conflitos








Mandingas No Brasil


Mandinga no Brasil Colonial era a designação de um grupo étnico de origem africana, praticante do islamismo, possuidor do hábito de carregar junto ao peito, pendurado em um cordão, pequeno pedaço de couro com inscrições de trechos do Alcorão, que negros de outras etnias denominavam patuá. Depois de feita a inscrição, o couro era dobrado e fechado costurando-se uma borda na outra.
Por serem mais instruídos que outros grupos e conhecerem a escrita, eram geralmente escolhidos para exercer funções de confiança, dentre elas a de capitão do mato. Costumavam usar turbantes, sob os quais normalmente mantinham seus cabelos espichados. Diversos negros de outras etnias, quando fugiam, também espichavam o cabelo e usavam o patuá em um cordão junto ao peito, porém sem as inscrições, para tentar disfarçar o fato de não serem livres. Mas os mandinga tinham o costume de se reconhecer mutuamente recitando trechos do Alcorão uns para os outros. Caso o negro interpelado não recitasse o trecho correto, o capitão do mato de etnia mandinga, capturaria o fugitivo imediatamente. Outras etnias viam, nessa mútua identificação, alguma espécie de magia, e muitas vezes atribuíam ao patuá poderes extraordinários, que permitiam ao mandinga identificar os fugitivos.

Conclusões:

O intuito de expor essa informação, é dar origens aos ditos populares, e explicar termos que nós candomblecistas usamos muitas vezes no dia-dia e acabar com muitos "porque's" e terminar com aquelas repostas que muita gente responde ( "porque sim!", "porque aprendi assim", "quando você entrar vai entender"). Espero que muitos se deleitei com as pesquisas e conhecimentos impíricos ou como escutei de minha saudosa Gaiaku, que nosso aprendizado é "bucal".

by Doté Rodrigo D'Avimaje
Rio de Janeiro, 17 de Maio de 2012.
Fotos e pesquisas dada ao conteudo são retiradas da Internet para fiz ilustrativos.

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